Em pleno século XXI o município de Macambira protagoniza senas lamentáveis semelhantes a roteiro de novela de coronéis - onde o coronel que manda do jeito que quer e bem intende.
Após o prazo de 120 dias de licença maternidade vencido, a vereadora titular, Margarete, foi convocada a reassumir seu posto, com penalidade prevista no regimento interno da casa de perca de mandato caso não cumprido o retorno imediato - o ato foi comunicado ao suplente, Ita Anderson, pessoalmente em sessão no último dia, 07, como através de documentos.
Mesmo assim a sessão da última quinta-feira, 08, foi tumultuada com argumento frágil e de má fé por parte do suplente, Ita Anderson, aliado do prefeito, juntamente com o líder da situação, vereador Doidão, exigindo o cumprimento de uma licença inexistente de 150 dias.
O regimento é claro quando no seu artigo 48, inciso I e II diz que:
- O Vereador poderá licenciar-se:
I - por motivos de doença, devidamente comprovados;
II - Para tratar de interesse particular, desde que o período de licença não seja superior a 120 (cento e vinte) dias por Sessão Legislativa;
Neste caso, a vereadora Margarete correria eminente risco de perca de mandato caso não tivesse reassumido o seu posto - quem assumiria definitivamente era justamente o vereador suplente, Ita Anderson, protagonista de toda confusão.
Por esse motivo é muito claro o interesse da bancada do prefeito em querer tomar na tora o mandato da vereadora - até parece que estamos nos tempos do coronel, Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira (cidade e personagem fictícios criados pelo dramaturgo brasileiro, Dias Gomes).
O que a turma do prefeito tem que saber é que, Macambira não é Sucupira, mesmo que alguns queiram se passar pelo coronel, Odorico Paraguaçu.
Por fim, a ordem deve ser estabelecida, esperamos que a justiça através do seu braço forte não permita mais que senas deploráveis sejam protagonizadas nessa casa legislativa em Macambira, mais conhecida como a casa do povo.
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